Maioria dos trabalhadores vai reter menos imposto e levar mais dinheiro para casa já a partir do próximo mês.
O Governo vai divulgar ainda este mês as novas tabelas de retenção na fonte do IRS, ajustando-as aos novos escalões deste imposto previstos no Orçamento do Estado para 2022.
Em causa, recorde-se, está o desdobramento do 3º e do 6º escalão do IRS, nos termos apresentados na proposta de OE que foi chumbada, mas que ao que tudo indica vai ser retomada:
Escalão |
Rendimento Coletável |
Taxa Normal |
1º |
Até 7112€ |
14,50% |
2º |
7112€ – 10.732€ |
23% |
3º |
10.732€ – 15.216€ |
26,50% |
4º |
15.216€ – 19.696€ |
28,50% |
5º |
19.696€ – 25.076€ |
35% |
6º |
25.076€ – 36.757€ |
37% |
7º |
36.757€ – 48.033€ |
43,5% |
8º |
48.033€ – 75.009€ |
45% |
9º |
A partir de 75.009€ |
48% |
QUAL O IMPACTO NOS SALÁRIOS DOS TRABALHADORES?
Apesar de serem divulgadas este mês, as novas tabelas de retenção na fonte só vão entrar em vigor em março, ainda que a entrada em vigor do OE 2022 só esteja prevista para o 2º semestre do ano. Isto significa que o impacto nos salários líquidos dos trabalhadores por conta de outrem só se vai fazer sentir no terceiro mês do ano e não terá efeitos retroativos.
Ou seja, os salários já pagos com as atuais taxas de retenção não serão recalculados, sendo o imposto eventualmente cobrado em excesso devolvido em 2023, no acerto anual de contas com o Fisco.
O mesmo não acontecerá, contudo, com os pensionistas que, na sequência da atualização das respetivas pensões, terão uma correção da retenção com retroativos a janeiro.
Esta revisão das tabelas de retenção na fonte antecipa uma das promessas eleitorais de António Costa: reduzir desde já a carga fiscal nos escalões médios e médio-alto. Por outras palavras, permitir que os contribuintes retenham menos imposto, passando a levar mais rendimento líquido para casa.
Fonte: e-konomista.pt