Suponhamos que tem um empréstimo que contraiu para comprar um carro, fazer obras em casa ou até pagar as suas férias de sonho, mas já perdeu o fio à meada no pagamento, já não sabe quanto já amortizou, quanto lhe falta pagar de juros… a ComparaJá.pt elaborou um mapa de prestações mensais para que possa fazer todos estes cálculos e esteja sempre organizado com as suas contas mensais.
A prestação mensal de um crédito corresponde ao valor que se pagará todos os meses durante o período de reembolso do dinheiro que foi emprestado pela instituição financeira. Este montante é composto por dois elementos: capital e juros.
Organizar-se bem nas prestações mensais que ainda lhe faltam para liquidar um empréstimo na totalidade é meio caminho andado para organizar as suas poupanças e para planear a gestão do seu dinheiro da melhor forma. Por isso, um mapa de prestações mensais acaba por ser uma ferramenta ideal de finanças pessoais.
Download do mapa de prestações
Como usar o mapa de prestações mensais?
Para dar uso à calculadora das mensalidades, apenas precisa de preencher três campos:
- Taxa Anual Efetiva Global (TAEG): é a taxa de juro do empréstimo que, para além de incluir os encargos com juros, comissões bancárias e despesas processuais, engloba ainda os custos dos seguros associados ao empréstimo;
- Montante em dívida: corresponde ao valor que pediu emprestado;
- Número de prestações em falta: diz respeito ao prazo do empréstimo (que deve ser indicado em meses).
Mediante a indicação destes três números, é calculada uma prestação para cada mês, que será o somatório dos juros e do capital. Poderá ainda visualizar qual o capital que ainda tem dívida após o pagamento de determinada prestação.
Use a TAEG como medida para comparar propostas de crédito
A TAEG contém, para além dos juros associados ao empréstimo, todos os outros encargos. No entanto, note que, para fazer uma comparação realmente fiável, os créditos devem ter o mesmo prazo, montante e modalidade de reembolso.
Quando se fala de prestações mensais, conselhos nunca são demais
Calcular a taxa de esforço é essencial
Sempre que solicitar financiamento para realizar os seus sonhos – seja a moradia nos arredores do Porto, a casa de praia no Algarve, o mais recente modelo de Smart para estacionar facilmente em Lisboa ou até para remodelar a cozinha que já tem 15 anos e está mesmo a precisar –, primeiro que tudo deve ter em consideração a sua taxa de esforço.
Este conceito corresponde à percentagem do rendimento familiar destinada ao pagamento das prestações de créditos, calculando-se através da seguinte fórmula: (Encargos mensais com empréstimos / Rendimento líquido mensal do agregado familiar) x 100.
Esta conta terá como resultado uma percentagem que será a sua taxa de esforço, sendo que a mesma não deve ser superior a 30% do seu rendimento total. Quanto maior esta for, maior o risco de endividamento.
Se as prestações são muitas, pondere consolidar
Já tem prestações mensais de três ou quatro empréstimos e estas já são suficientes para pressionar a sua taxa de esforço muito acima da barreira dos 30%?
Perante esta situação, existe a possibilidade de recorrer a uma consolidação de créditos, que agrega todas as dívidas que possui, dispersas por vários bancos, numa só prestação mensal que pode baixar até 60%, sendo que terá mais tempo para liquidar.
Portanto, sempre que quiser perceber em que ponto está o seu empréstimo (e a sua carteira), basta atualizar o ficheiro e fazer contas à vida. A prestação mensal de um crédito é um encargo que pode ter muito impacto nas suas finanças pessoais, por isso quanto mais cedo planear e tiver uma visão de longo prazo, melhor.
Atenção às taxas variáveis
À partida, um crédito pessoal terá uma taxa fixa. Porém, não podemos deixar de chamar a atenção para as taxas variáveis que normalmente se aplicam aos empréstimos habitação – indexados à EURIBOR – e que podem influenciar muito a taxa de esforço, pois a sua subida ou descida não é previsível para o consumidor.
Nalguns casos, dependendo do prazo escolhido e do montante do financiamento, pode compensar solicitar um crédito habitação com taxa fixa.
Nem sempre isto é uma regra geral, mas, se tiver poupanças generosas de parte, considere amortizar o seu empréstimo na totalidade (se possível) ou até parcialmente (pois pode tirar-lhe um grande peso de cima).
Fonte: executivedigest.sapo.pt, 26/10/2020