associação comercial e industrial de arcos de valdevez e ponte da barca

José Barbosa - Tornomeca

in Associados

“estou plenamente de acordo que existam e se criem empresas novas mas sem descurar as que já existem..”

 

tornomecaA Tornomeca é um estabelecimento ligado à tornomecânica que atua em diversas áreas de reparações, trabalhando para conceituadas empresas nacionais e internacionais. Situada em Ponte da Barca, é uma das poucas empresas que se dedica a este ramo de negócio. Fomos conhecer melhor esta empresa que pertence a José Barbosa, empresário empreendedor e dinâmico e ficamos a saber alguns dos seus desejos, receios e ainda a sua firme opinião sobre a forma como o sistema deveria disponibilizar os incentivos às empresas.

 

 

 









Há quanto tempo existe a Tornomeca?

Esta oficina foi criada, por mim, em 1977.

 

 

Há quanto tempo se dedica a esta profissão? Como é que aprendeu?

Há cerca de 50 anos que trabalho nesta área, muito antes de abrir esta oficina. Sai da escola com 11 anos e fiz um pouco de tudo, desde lavar carros, consertar pneus ou  distribuir gás. Passado algum tempo entrei para uma empresa como torneiro e fiquei lá durante 13 anos e só depois resolvi montar a minha própria empresa. Penso que são os anos que fazem um bom torneiro. Todos os dias aparecem problemas novos que têm de ser resolvidos por isso este trabalho assenta muito na experiência e na perspicácia. Posso dizer que aprendi à minha custa.

 


E que tipo de serviços presta?

Reparamos tudo o que tenha a ver com tornomecânica, fazemos reparação de máquinas retroescavadoras, camiões, máquinas agrícolas, trabalhamos para quase todas as oficinas automóveis que existem em Arcos de Valdevez e Ponte da Barca e para empresas nacionais e internacionais implementadas em Portugal. Independentemente para quem trabalhamos sempre apostámos num serviço rigoroso e responsável.

 

 

O que o levou a apostar neste ramo comercial?

Porque gosto do que faço e na altura, na empresa onde trabalhava, os clientes vinham pedir-me para lhes fazer trabalho que o patrão, por simples arrogância, não aceitava. Foram eles que começaram a pedir-me e a pressionar no sentido de abrir uma oficina por minha conta e foi o que acabei por fazer.

 


Que balanço faz destes anos de atividade?

O balanço é positivo embora tenha pena não ter apostado numa empresa maior. Estou arrependido de não ter voado mais alto, no entanto, os meus planos a curto prazo passam por remodelar a oficina, tornando-a mais moderna e logo mas competitiva.

 


Quantas pessoas trabalham aqui?

Neste momento somos 7 pessoas, incluindo-me a mim.

 


Atualmente qual a sua principal preocupação na gestão da Tornomeca?

O maior problema com o qual nos deparamos neste momento é na falta de pagamento de alguns clientes e o tempo excessivamente demorado que o levam a fazer. O momento que atravessamos não é dos melhores, o serviço diminuiu e, logo, diminuíram as receitas.

Também não concordo com a forma como o sistema está a apoiar as empresas. Hoje em dia há muita facilidade em criar um negócio e o que acontece, regra geral, é que apenas uma estreita fatia sobrevive, mas enquanto está no mercado acaba por prejudicar outras empresas. Enquanto têm capital recebido dos apoios vão investindo só que depois acabam com o dinheiro e não pagam a quem lhes prestou os serviços. Estou plenamente de acordo que existam e se criem empresas novas mas sem descurar as que já existem, por isso sou da opinião que deveria haver, antes de efetuar qualquer tipo de apoio, uma análise mais aprofundada e individualizada às empresas. Para além disso, sinto-me um pouco desgostoso pois gostava que a população local desse mais valor à Tornomeca e isso não acontece, pois temos mais notoriedade lá fora do que cá dentro.

 


Entrevista realizada em outubro de 2009