As novas regras de segurança automóvel visam reduzir a sinistralidade e tornar os carros mais inteligentes.
O aumento do número de acidentes e mortes rodoviárias na União Europeia tem vindo a reforçar a necessidade de serem tomadas medidas capazes de contrariar esta tendência. Nesse sentido, foram criadas novas regras de segurança automóvel com o objetivo de tornar as estradas europeias mais seguras e os carros mais inteligentes.
O que diz o novo regulamento europeu?
O novo regulamento europeu está em vigor desde 6 de julho deste ano. Numa primeira fase, aplica-se apenas aos novos modelos de veículos, mas a partir de 7 de julho de 2024 já será aplicado a todos os novos veículos.
Entre julho de 2024 e julho de 2029, serão aos poucos introduzidas novas medidas.
Assim, o regulamento é válido para todos os novos modelos lançados, enquanto os modelos já em comercialização beneficiam de um período de dois anos para adaptação.
De seguida, mostramos as medidas que serão introduzidas de forma gradual e obrigatória até 2029:
Para todos os veículos
- A inclusão de sistemas avançados que chamem a atenção do condutor para possíveis distrações;
- A integração nos carros de pneus com uma maior segurança e durabilidade;
- A incorporação de um sistema de registo de eventos;
Ligeiros e carrinhas
- Estas viaturas passam a ter de vir equipadas com vidro de segurança;
Camiões
- No caso dos camiões, terão de ter equipamentos que permitam ver melhor os peões e ciclistas;
As novas regras de segurança automóvel incluem ainda a introdução de dispositivos obrigatórios de assistência ao condutor tendo em vista:
- A melhoria da segurança rodoviária;
- A proteção dos passageiros, peões e ciclistas.
De acordo com a Comissão Europeia, o objetivo é salvar 25 mil vidas e evitar 140 mil ferimentos graves até 2038. A União Europeia quer reduzir o número de acidentes mortais na Europa, e por isso vai obrigar todos os construtores automóveis a instalarem uma grande variedade de equipamentos de segurança.
Qual a importância das novas medidas de segurança automóvel?
Estas medidas são essenciais para reduzir o número de acidentes e de mortes nas estradas. Isto mesmo nos mostra o Relatório da Comissão Europeia Salvar Vidas: Reforçar a Segurança dos Veículos na UE. Os números mostram-nos que:
- Cerca de 95% dos acidentes devem-se a algum tipo de erro humano;
- Estima-se que 75% resultam apenas do erro humano;
- 55% das mortes dão-se em estradas não urbanas;
- 38% ocorrem dentro das zonas urbanas;
- Apenas cerca de 7% acontecem em autoestradas;
- E, por fim, peões e ciclistas representam 30% das mortes no setor dos transportes como um todo, dos quais cerca de 43% nas zonas urbanas.
Nova regras de segurança automóvel: O que muda afinal nos carros?
Entre as novas regras de segurança automóvel, há umas que são obrigatórias para todos os veículos rodoviários. São elas:
- A adaptação inteligente da velocidade;
- A deteção de obstáculos em marcha atrás com câmara ou sensores;
- Um sinal de aviso em caso de sonolência ou distração do condutor;
- Um aparelho de registo de eventos;
- E, por fim, um sinal de travagem de emergência.
No entanto, há outras funcionalidades que são obrigatórias mas apenas para alguns veículos. São elas:
Ligeiros
- Sistemas de apoio à manutenção na faixa de rodagem;
- Travagem automatizada.
Pesados
- Uso de tecnologias para melhorar o reconhecimento de eventuais ângulos mortos;
- Existência de avisos para evitar colisões com peões ou ciclistas;
- Uso de sistemas de controlo da pressão dos pneus.
Veículos automatizados e totalmente autónomos
O novo regulamento traz ainda novas regras técnicas para a homologação de veículos:
- Automatizados - que substituem o condutor nas autoestradas e;
- Totalmente autónomos - por exemplo, os autocarros que fazem percursos de ida e volta para um local específico, (como o aeroporto, como exemplo) ou os robôs táxis.
Os veículos automatizados precisam de um condutor, têm o modo de condução automática apenas para a autoestrada, e não têm limite quanto ao número de veículos produzidos em cada série.
Já os veículos autónomos não precisam de condutor, a circulação só é permitida nas áreas determinadas, e só podem ser produzidos 1.500 veículos de cada modelo por ano, sendo este limite revisto em julho de 2024.
Fonte: doutorfinancas.pt, 13/1/2023