Os avanços tecnológicos alteraram a velocidade dos e negócios e criaram mudanças na forma de trabalhar das empresas.
Assim, queremos ajudá-lo a identificar quais os modelos ultrapassados que estão muitas vezes incorporados na cultura das empresas e não acompanham a modernidade.
Contratar apenas para se adaptar à cultura da empresa:
Contratar apenas para se adequar à cultura da empresa é uma estratégia de recrutamento ultrapassada que custa perder os melhores talentos. Quando pessoas com ideias semelhantes são contratados em vez de pessoas com perspetivas, opiniões ou pontos de vista diferentes sobre como as coisas precisam ser feitas, a cultura da empresa estagna e declina com o tempo porque não há ninguém a desafiar o status quo ou a impulsionar a criatividade e a inovação.
Contabilizar a presença no escritório:
O trabalho é cada vez mais uma atividade, e menos um lugar. Num contexto mais virtual, os funcionários de uma empresa podem ser produtivos em qualquer lugar. Esta é uma oportunidade de oferecer mais conveniência aos trabalhadores e aumentar a produtividade ao alavancar as suas habilidades em diferentes locais, fusos horários e culturas. Porém os líderes geralmente têm a mentalidade de que, se não se virem pessoalmente, o trabalhador, este perde a produtividade, o que pode ser um erro atualmente.
Avaliar anualmente o desempenho:
A revisão anual de desempenho pode estar desatualizada e ser ineficaz. Os negócios hoje em dia movem-se rapidamente e desta forma também o feedback ao trabalhador deve ser mais rápido para dar aos funcionários uma sensação de continuidade no ambiente de trabalho.
Liderança hierárquica:
A liderança de comando e controlo já foi uma maneira altamente eficaz de produzir bens materiais na era industrial. No entanto, agora é importante que indivíduos e equipas operem em condições colaborativas, onde a produção é mais baseada em conhecimento, em vez da criação de produtos físicos. Esta nova realidade requer responsabilidade compartilhada entre os membros de uma equipa que trabalham com direção a objetivos definidos por esforços coordenados com o mínimo de interrupção, confusão ou conflito.
Consenso e cultura de input constante:
A administração em grandes empresas costumava ser baseada em consenso e acordo. No entanto, tentar obter o acordo de todos pode desacelerar as coisas e abafar as vozes que discordam. Obter a opinião das pessoas não é o mesmo que construir um consenso. Dada a velocidade dos negócios, não se pode se dar ao luxo de se alinhar à velocidade do consenso. As empresas devem investir em discussões animadas, debates rápidos, decisões rápidas e execução rápida. Devem ainda otimizar a velocidade e a agilidade e não permitir que o consenso consuma a tomada de decisões.
Código de vestuário formal:
No século passado as grandes empresas tinham por hábito obrigar os funcionários a utilizar vestuário formal no local de trabalho. Neste novo milénio, esta obrigatoriedade já não faz tanto sentido e a roupa mais casual nas empresas ganha outro protagonismo. De facto, permite que os funcionários se sintam confortáveis ajuda a criar um ambiente livre e positivo.
Otimizar para eliminar mudança e risco:
No passado, aprendia-se a construir organizações capazes de resistir à mudança e ao risco. Mas a dinâmica do mercado de hoje exige o processo de pensamento oposto. Passou a ser importante gerir os controlos excessivos de forma a mitigar riscos porque pode correr-se limitar-se a inovação. Os negócios devem investir em assumir riscos calculados para que se possam manter atualizados.
Fonte: executivedigest.sapo.pt, 18/11/2022