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Relatório OCDE defende reformas para melhorar cuidados aos idosos

in Notícias Gerais
Creado: 17 Junio 2013
A necessidade de reformas para melhorar a qualidade dos cuidados aos mais idosos é defendida num relatório da OCDE, que indica que a população portuguesa estará em 2050 “significativamente” mais envelhecida.

De acordo com as projeções, “em 2050, 32 por cento da população portuguesa terá 65 anos ou mais e cerca de 11 por cento 80 anos ou mais”.

 

O trabalho da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico, patrocinado pela Comissão Europeia, refere que, nos países que engloba, o grupo etário que mais crescerá é o das pessoas com mais de 80 anos, que deverá quase triplicar até 2060.

 

Na União Europeia, aquela população passará de 4,6 por cento para 12 por cento em 2050, indica o relatório “Uma boa vida na velhice”, apresentado hoje na conferência “Prevenir o abuso e a negligência de pessoas idosas na Europa”.

 

O relatório considera que a maioria dos países desenvolvidos adotou leis para melhorar a qualidade de vida dos maiores de 80 anos, mas defende ser necessário melhorar a eficácia e segurança dos cuidados aos mais idosos.

 

Calcula-se que até metade daqueles cidadãos irão precisar de ajuda para realizar as atividades quotidianas, quando “já hoje, as famílias e os serviços públicos se esforçam para proporcionar um atendimento de qualidade às pessoas idosas com capacidades físicas e mentais reduzidas”, segundo um comunicado da OCDE.

 

Há dois anos, Portugal gastava 0,1 do produto interno bruto (PIB) com o apoio a idosos, bastante abaixo da média da OCDE que era de 1,6, mas aquele valor deve duplicar até 2050 com base na projeção da Comissão Europeia de 2011, indica o relatório.

 

Garantir serviços de qualidade aos mais velhos “tem sido uma prioridade política” em Portugal desde a criação em 2007 da Rede Nacional de Cuidados Continuados Integrados, refere também, considerando ser esta “um exemplo notável do esforço para criar uma abordagem integrada envolvendo os cuidados sociais e de saúde”.

 

O trabalho indica, no entanto, que “Portugal tem relativamente poucos” trabalhadores com formação no cuidado a idosos e que são poucas as pessoas de idade que beneficiam da prestação de cuidados.

 

“Em 2011, um por cento da população com mais de 65 anos recebia cuidados em instituições (a média da OCDE era de quatro por cento) e 0,4 por cento tinha cuidados domiciliários (7,9 por cento na OCDE)”, adianta.

 

O relatório diz que poucos países avaliam sistematicamente se os cuidados prestados aos idosos são seguros e eficazes, aconselhando os governos a assegurarem a divulgação das informações necessárias para uma avaliação por parte do público.

 

 


Fonte: www.noticiasaominuto.com, 17 de junho de 2013