“...é uma Associação forte e dinâmica que cria postos de trabalho e concede às empresas diversos apoios...”

Olegário Gomes Gonçalves é proprietário da Funerária Lourarcos, um negócio familiar que dirige já lá vão 20 anos. Para além disto, acumula ainda o cargo de Presidente do Conselho Fiscal da ACIAB. Assertivo, conciso e claro nas suas ideias falou-nos sobre o papel da ACIAB no contexto envolvente, do estado das suas empresas e dos projetos desenvolvidos.

No seu entender, o que representa a ACIAB para o comércio local? E no contexto económico da região?

A Associação Comercial é quem representa as empresas de Arcos de Valdevez e Ponte da Barca, é o órgão que mais reivindica os interesses dos seus associados a nível comercial e organiza todo um conjunto de iniciativas nobres que visam a promoção do tecido empresarial da região, nomeadamente dos dois concelhos abrangentes. No contexto económico da região, não só pelas mais-valias que cria, é uma Associação forte e dinâmica que cria postos de trabalho e concede às empresas diversos apoios através, por exemplo, da formação e de outros projetos que desenvolve.

Que balanço faz até ao momento como membro da direção da ACIAB?

O balanço é positivo relativamente ao que a ACIAB tem vindo a realizar e a materializar em termos económicos. Sendo eu Presidente do Conselho Fiscal deparo-me com uma evolução e dinamismo constantes, pois em detrimento de gastos excessivos e desnecessários fazem-se gastos concentrados, o que faz com que a situação financeira da ACIAB seja estável.

 A ACIAB oferece programas de formação profissional, em que medida é que este fator é importante para o desenvolvimento dos empresários da região?

A formação profissional é sempre muito importante, o problema é que por vezes os empresários não compreendem que a formação é necessária, pois a atualização constante de conhecimentos é essencial para qualquer área de negócio. Nesta matéria a ACIAB tem feito um bom trabalho e os empresários também estão cada vez mais atentos e recetivos à formação profissional.

É importante conseguir um bom financiamento antes de empreender ou é possível dar os primeiros passos com recursos limitados?

Penso que é possível empreender, no nosso país estamos sempre à espera dos fundos comunitários mas talvez a primeira alavanca seja a coragem de arriscar. Sendo projetos inovadores, novos e com qualidade, mesmo com recursos limitados é possível obter uma grande projeção e sucesso.

Como vê o tecido empresarial da região, a nível de empreendedorismo e desenvolvimento das empresas?

Atualmente estamos num período complicado devido a todo o contexto económico de crise mas as nossas empresas e o nosso tecido empresarial tem vindo a dar uma resposta cabal porque se mantém de portas abertas. Apesar da crise penso que o tecido empresarial está no bom caminho.

Projetos futuros a curto prazo para a ACIAB.

Para além de todos os projetos que a Associação já tem a curto, médio e longo prazo, penso que, em conjunto com a autarquia tem de criar sinergias para a renovação dos centros históricos, não só na parte comercial, através do ModCom mas também as próprias casas habitacionais. Está na hora de arranjar uma solução para a recuperação dos edifícios do centro histórico de modo a criar a entrada de novos habitantes e empresários para esses locais.

Entrevista realizada em fevereiro de 2010