associação comercial e industrial de arcos de valdevez e ponte da barca

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Noela da Cunha Alves e Olga Oliveira Vaz - Farmácia Popular

in Associados
Created: 07 February 2012

“é importante fazermos parte deste tipo de Associações pois trazem-nos novidades, ideias novas e projetos”

 

 

noela_e_olgaA Farmácia Popular, situada na avenida central de Ponte da Barca, é uma casa antiga que existe há mais de sessenta anos. Estivemos à conversa com Noela da Cunha Alves e Olga Oliveira Vaz, farmacêutica e funcionária, respetivamente, que nos falaram um pouco mais deste ramo de negócio e do orgulho que sentem pelas pessoas procurarem esta farmácia pela confiança, bom atendimento e simpatia. Com um espírito dinâmico que transparece em cada palavra falaram-nos, ainda, como a atual conjuntura económica se reflete nesta área.

 

 

O que a levou a escolher a profissão de farmacêutica?

Basicamente o gosto pela área das ciências da saúde.

 

 

O que faz concretamente um farmacêutico, quais as suas responsabilidades?

Um farmacêutico de uma forma geral trata da gestão de stocks, das compras, faz atendimento ao público e aconselhamento, no fundo, zela para que tudo isto corra dentro da legalidade e das boas práticas de farmácia.

 

 

Qual a sua opinião sobre a venda de medicamentos não sujeitos a receita médica nos hipermercados?

Acho que se deveria manter a venda apenas nas farmácias porque nos supermercados não há ninguém para aconselhar ou para tirar alguma dúvida sobre efeitos secundários e contra-indicações. Chegam à prateleira, pegam e vão embora, penso que deveria continuar apenas nas farmácias, mas é uma decisão que já está tomada, já não há muito a fazer.

 


Como farmacêutica como atua na consciencialização e combate à automedicação? Considera importante abordar com os clientes esta matéria?

Tento informar o doente, por vezes acontece que alguns doentes vêm comprar medicamentos sem receita médica mas já sabem a influência do medicamento, depois vão pedir a receita, mas nesses casos nós já conhecemos o historial do doente. A nível de antibiótico não vendemos sem receita médica e tentamos consciencializar o doente que não o deve fazer sem receita, em relação aos medicamentos de venda livre damos conselhos.

 

 

Qual a definição de serviços farmacêuticos?

Os serviços farmacêuticos assentam na medição de colesterol, da glicemia, triglicerídeos, ácido úrico ou controle das tensões arteriais, estes são os que nós fazemos aqui mas há muitos mais. Este ano implementamos a vacinação, nomeadamente a vacina anti-gripe embora agora as farmácias possam dar qualquer tipo de vacina desde que não esteja incluída no plano de vacinação de saúde. Cada farmácia adere aqueles serviços que entender, desde que tenham alguns requisitos como espaço, pessoal qualificado etc.

 


Este setor também se ressente devido à crise atual?

Ressente-se sempre. Muitas pessoas trazem a receita e antes de tudo perguntam quanto custa o medicamento. À parte dos produtos médicos houve uma quebra muito grande, por exemplo, na venda de cremes, notou-se realmente uma descida acentuada. Os produtos considerados de luxo, cremes para o rosto, para o corpo, são mais postos de parte, as pessoas a terem de abdicar de alguma coisa preferem, primeiramente, abdicar disso e não de medicamentos.

 


Porque resolveu tornar-se associada da ACIAB?

Resolvi tornar-me associada da ACIAB porque, principalmente neste contexto em que nos inserirmos, sendo uma vila pequena, penso que é importante fazermos parte deste tipo de Associações pois trazem-nos novidades, ideias novas e projetos. Estarmos, portanto, inseridos numa pequena “comunidade”, com todos os benefícios que nos pode trazer é realmente importante e muito útil.

 


Na sua opinião o que poderia ser feito para valorizar o comércio tradicional?

É uma pergunta difícil, o que acontece é que as pessoas, muitas vezes, acabam por procurar mais o outro tipo de comércio, o comércio em grande escala, talvez por causa da novidade. O comércio tradicional talvez devesse apostar mais em coisas novas.

 

 

Entrevista realizada em junho de 2009