"O associativismo faz falta, dá-nos mais força e temos mais informação..."
Luís Alberto Teixeira é proprietário da loja “Casa das Meias”, no centro de Arcos de Valdevez. Trabalha na área do comércio há 55 anos e vê este ofício como uma paixão. Nos anos 80 foi um dos “pilares” que apoiou e acompanhou a ACIAB, quando esta passava dias difíceis. Com um humor contagiante falou do seu gosto pelo associativismo e pela sua profissão.
Que balanço faz destes 55 anos a trabalhar no comércio?
O balanço é positivo.
Como é que enveredou por esta profissão?
Foi talvez por uma questão familiar, a minha família, tanto a paterna como a materna, eram comerciantes e na altura quem não gostava de estudar esta era uma possível saída para um emprego onde não se ganhava mal.
Associou-se à ACIAB há quantos anos? Quais as vantagens de ser associado da ACIAB? Quais os motivos que o levaram a tornar-se sócio?
Sou associado há 26 anos. O associativismo faz falta, dá-nos mais força e temos mais informação, a ideia foi essa, e até hoje não estou arrependido.
Como encara o desenvolvimento atual do comércio em Arcos de Valdevez?
Acho que se desenvolveu bastante, temos aqui comércio que, independentemente da área, está muito bem desenvolvido. No que diz respeito à questão do movimento, se tem muito ou pouco é discutível porque estamos a passar uma crise.
Considera que o desenvolvimento do comércio com identidade (comércio tradicional) depende mais da alteração dos hábitos do consumidor ou da postura do próprio comércio?
Há duas situações, a população mais jovem compra quando vê e lhe agrada, um cliente já mais idoso tem o hábito de comprar no comércio local por uma questão de tradição.
O que acha das iniciativas que a ACIAB tem vindo a desenvolver? Considera-as importantes para o comércio?
Sim, claro, dinamiza sempre mais o comércio, as pessoas saem mais para a rua e o comércio sai a ganhar.
Que mensagem deixaria para mostrar aos consumidores que o comércio local é a melhor opção para fazer compras?
Diria que é a melhor opção para fazer compras porque o atendimento é mais personalizado e o contacto com o cliente é diferente, é mais familiar.
Quer deixar alguma sugestão em relação ao que a ACIAB pode fazer para estar cada vez mais perto dos seus associados?
Dou-lhe três sugestões: fazer um jornal informativo, o que está já a acontecer, porque também foi uma das coisas que me levou a ser associado, onde houvesse informação útil ao associado e no fundo que também divulgue as atividades e serviços que a ACIAB realiza, pois alguns associados não sabem; procurar mais contacto com o comércio, como por exemplo, ter a visita de um técnico, periodicamente, que ouça os comerciantes. Por último, sendo a ACIAB uma associação empresarial, captar mais associados, tanto na área do comércio como da indústria, acho que isso seria bom porque até traria mais força à Associação.
Entrevista realizada em outubro de 2008
