O ano de 2022 trouxe mudanças na Via Verde. Há novas modalidades e novos preços.
O início do ano trouxe mudanças na Via Verde. Os tarifários por assinatura Via Verde Leve e Via Verde Livre desapareceram e deram lugar a novos tarifários, mais caros do que os anteriores.
Apesar de as alterações terem entrado em vigor a 5 de janeiro de 2022, as diferenças na carteira só começaram a ser sentidas no início de abril, com o fim do período de transição e a aplicação do novo preçário e condições.
Quais são as novas modalidades?
Desde 5 de janeiro de 2022, que os novos clientes podem subscrever uma de duas modalidades, consoante a utilização que fazem do serviço.
A Via Verde Autoestradas, apenas para o pagamento de portagens, e a Via Verde Mobilidade, que dá acesso a serviços extra, como o pagamento de parques de estacionamento ou de carregamento de veículos elétricos.
Se quiserem usufruir desses serviços, que até então estavam incluídos nas modalidades descontinuadas, terão de pagar mais por isso.
Há ainda uma terceira opção, a Via Verde Mobilidade Leve. Inclui os mesmos serviços que a Via Verde Mobilidade, mas os clientes só pagam nos meses em que os utilizam.
Quais os serviços incluídos na Via Verde Mobilidade e Mobilidade Leve?
Pode utilizador o seu identificador para pagar os seguintes serviços:
- Autoestradas;
- Parques de estacionamento aderentes (ou nas zonas de parquímetros de rua abrangidas pela aplicação Via Verde Estacionar);
- Carregamentos Elétricos, em toda a rede pública nacional;
- Abastecimento nos postos da rede Galp aderentes;
- Drive-thru: use em serviços como o FarmaDrive e McDrive;
- Ferries: nos barcos da Atlantic Ferries para fazer a travessia para Tróia.
Quanto custam?
A Via Verde Autoestradas, que permite exclusivamente o pagamento automático de portagens e pórticos, tem um custo mensal de 0,99€ com extrato em papel (0,49€ se optar pelo extrato eletrónico). Esta modalidade não existia na oferta anterior.
Já a Via Verde Mobilidade, que permite utilizar o identificador no pagamento de um conjunto de serviços, tem um custo mensal de 1,49€ (0,99€ com extrato eletrónico), o dobro do que custava anteriormente.
Para quem só usa o identificador algumas vezes por ano, a mensalidade da Via Verde Mobilidade Leve é de 1,75€ (1,25€ com fatura eletrónica), quando antes, a modalidade equivalente, custava apenas 1,20€ (0,70€ se o extrato fosse digital).
Num primeiro momento, a empresa anunciou ainda que iria deixar de vender identificadores, passando a disponibilizar exclusivamente estas modalidades de subscrição (aluguer do identificador). No entanto, segundo a DECO, decidiu voltar atrás na decisão.
Para adquirir um identificador (modalidade Compra Autoestrada) os clientes terão, contudo, de se dirigir a uma loja da Via Verde, não sendo possível fazê-lo online. Tem um custo de 42 euros (com um desconto de 7 euros se receber o extrato por via digital) e inclui apenas o serviço de pagamento de portagens.
O que mudou desde 1 de abril de 2022?
No final de 2021, a Via Verde começou a contactar os clientes, através do envio de uma mensagem para o endereço de correio eletrónico associado ao contrato, dando nota das mudanças que iam ser operadas.
Para preservar as condições de acesso aos serviços e a periodicidade de pagamento, a empresa procedeu à migração automática dos clientes anteriores a 4 de janeiro de 2022 para as novas modalidades. Quem não quis aceitar as condições, teve de comunicar por escrito que não pretendia fazer essa transição.
Durante um período experimental de três meses (5 de janeiro a 31 de março de 2022), todos os clientes puderam experimentar as novas modalidades a preços mais acessíveis. A partir de 1 de abril, passou a aplicar-se a nova tabela de preços.
A empresa esclarece, no entanto, que mesmo após essa data mantêm-se “as ofertas em vigor até ao momento previsto de cessação (renovação de mensalidades/anuidades) ficando assegurados os pagamentos já efetuados”.
O que significa que, para quem já era cliente, os novos valores, de modalidades já subscritas, só começam a ser cobrados “depois da renovação da sua subscrição”. Ou seja, se a sua subscrição só terminava em junho deste ano, só a partir daí é que lhe serão aplicados os novos preços.
Estas alterações aplicam-se a quem já tinha comprado o identificador?
Não. Enquanto o identificador funcionar normalmente, os clientes que tenham adquirido o equipamento antes de 4 de janeiro de 2022 continuam a usufruir das mesmas condições. Porém não vão poder beneficiar de futuros serviços que venham a surgir, entretanto. Se o identificador avariar, terão de comprar um novo e passam apenas a ter acesso ao serviço de pagamento de portagens ou, em alternativa, terão de aderir a uma das novas modalidades de subscrição.
Fonte: cgd.pt/Site/Saldo-Positivo, 18/4/2022