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Guia para poupar no IRS: o que (ainda) pode fazer até ao final do ano

in Notícias Gerais
Criado em 26 novembro 2020

O IRS do próximo ano parece (ainda) uma miragem. Mas não é. Infelizmente a grande maioria dos contribuintes portugueses apenas se lembra de poupar no IRS na altura de preencher e entregar a declaração anual de rendimentos, uma vez que é nessa altura que se apercebem que não fizeram descontos suficientes para abater à coleta.

O melhor será começar desde já a fazer “contas à vida” para tentar maximizar o reembolso do Fisco ou reduzir o montante a pagar. Por exemplo, costuma pedir fatura com NIF? Esta é uma dica, mas há outras.

O melhor será começar a organizar todas as suas faturas. Verifique se as faturas que pede estão a entrar corretamente no Portal das Finanças e valide todas as que ficam em modo suspenso.

É importante controlar os valores das deduções já contabilizadas pelo fisco, para ficar com uma ideia se os limites já estão esgotados ou se deve reforçar o pedido de faturas até 31 de dezembro (falta pouco mais de um mês!).

O esquema de deduções em vigor admite que o imposto possa recuar entre mil e 2500 euros – se o contribuinte conseguir ter despesas suficientes de forma a absorver os máximos permitidos – consoante o escalão de IRS em que estiver incluído.

Apenas os contribuintes que se encontram no primeiro escalão (com um rendimento coletável até 7091 euros) podem deduzir sem qualquer limite. Nas famílias com três ou mais filhos a cargo, os limites são majorados em 5%, por cada um.

Descubra, na tabela abaixo, tudo sobre cada categoria e quais os valores máximos que pode deduzir em cada setor. Veja o que pode usar para poupar no IRS.

Deduções por categoria

Deduções por categoria

Setor

Dedução (%)

Montante máximo (€) por contribuinte

Despesas incluídas

Saúde

15%

1.000€

– Aquisição de bens e serviços isentos de IVA ou sujeitos à taxa reduzida;
– Aquisição de bens e serviços com IVA à taxa normal, desde que devidamente justificados através de receita médica;
– Prémios de seguros de saúde ou contribuições pagas a associações mutualistas ou a instituições sem fins lucrativos que tenham por objeto a prestação de cuidados de saúde. Assim, quem comprou um seguro de saúde, pagou no final do ano 85% do prémio, uma vez que dá para descontar. Não se esqueça que, se gastar mais de mil euros por ano, vai acabar por não poupar tanto.

Educação

30%

800€

– Creches, jardins de infância, lactários, escolas, estabelecimentos de ensino e outros serviços de educação;
– Manuais e livros escolares;
– Refeições escolares;
– Alojamento a estudantes deslocados.

Imóveis

15%

502€

– Rendas de imóveis para habitação permanente.

296€

– Juros no pagamento de prestações para contratos de crédito habitação assinados antes de 31 de dezembro de 2011.

30%

500€

– Reabilitação de imóvel.

Lares

25%

403,75€

– Despesas suportadas com lares e residências para pessoas idosas ou com deficiência que tenha a seu cargo.

Despesas Gerais

35%

250€

– Água, luz, gás, vestuário, supermercados ou combustíveis.

Planos Poupança Reforma

20%

400€

– Pessoas com idade inferior a 35 anos.

350€

– Pessoas com idade compreendida entre os 35 e os 50 anos inclusive.

300€

– Pessoas com idade superior a 50 anos.

IVA

15%

125€

– Restauração, hotelaria, cabeleireiros, reparações de automóveis e motociclos.

Fonte:  executivedigest.sapo.pt, 26/11/2020