"através da formação e da consultoria a que tivemos acesso, graças ao projeto, a nossa empresa implementou novos processos e melhorou e aperfeiçoou muitos outros..."
Artur Freitas fundou há 40 anos a empresa de Construção Civil “Artur Freitas e Filhos Lda.” com sede em Ponte da Barca. Começou por trabalhar apenas em construções para particulares mas com o passar dos anos a empresa começou a investir em novos segmentos de mercado e novas técnicas, uma forma de enfrentar a concorrência e acompanhar o crescimento do mercado. Atualmente é o filho Valdemar Freitas, juntamente com os seus dois irmãos, que gerem a empresa. Estivemos à conversa com este empresário que nos falou dos novos desafios que têm pela frente.
Qual a área de intervenção da empresa concretamente?
A empresa está dividida em três áreas, obras públicas, obras particulares e construção para venda. A empresa inicialmente dedicava-se apenas a construções para particulares, sendo o seu maior público os emigrantes. Quando comecei a trabalhar com o meu pai lançamo-nos nas obras públicas e hoje em dia é onde temos mais trabalho. Neste momento estamos espalhados um pouco por todo o Alto Minho, em Arcos de Valdevez, Ponte da Barca, Valença, Monção, Cerveira.
O que é que os clientes mais procuram?
O mercado onde estamos inseridos é um mercado onde os preços médios têm mais saída, os nossos clientes procuram qualidade acima de tudo e sabem que nós lhes proporcionamos isso.
Quais os projectos que a empresa tem para concretizar a médio prazo?
Estamos a pensar investir em novos mercados internacionais, já montamos uma empresa em Angola, mas ainda não avançamos em termos práticos. Paralelamente, também é um dos nossos objetivos implementarmos a empresa em França, onde já temos alguns negócios e nos parece uma boa aposta para alargar o mercado. Para além de tudo isto, pretendemos também alargar a marca a outros ramos de negócio.
A palavra crise passa pela empresa “Artur Freitas”?
Sentimos a crise na medida em que os pagamentos são muito morosos, e tudo isso, obviamente, vai influenciar a empresa, uma vez que nós temos compromissos e temos de pagar aos nossos fornecedores, uma tarefa que fica dificultada se não nos pagam ou demoram a fazê-lo. A nível de trabalho não sentimos a crise porque temos um volume de obras bastante considerável.
Entrou num dos programas, promovidos pela ACIAB, de apoio às PME. Que benefícios retirou daí? Quais foram as vantagens para a sua empresa verificadas a curto prazo?
É uma iniciativa que tem muito mérito e uma das melhores que a ACIAB tomou nestes últimos tempos. Através da formação e da consultoria a que tivemos acesso, graças ao projeto, a nossa empresa implementou novos processos e melhorou e aperfeiçoou muitos outros, o que se traduziu claramente em poupança de recursos a vários níveis.
Quantas pessoas empregam atualmente?
Temos 57 pessoas que trabalham para nós neste momento, tirando subempreiteiros que também temos a trabalhar para nós.
O desafio mais difícil que a empresa enfrentou até ao momento...
Penso que o momento mais complicado foi quando iniciámos as obras públicas, a adaptação foi complicada porque nunca tínhamos feito nada parecido antes. Com o tempo, acabou por ser, no fundo, uma forma também de nos superarmos a nós próprios, e ver a nossa capacidade de trabalho, fazendo uma retrospetiva a empresa só saiu a ganhar com isso, foi, digamos, o ultrapassar de uma barreira.
Em poucas palavras como descreve a empresa “Artur Freitas e Filhos Lda.”?
Qualidade, honestidade e bom investimento.
Entrevista realizada em outubro de 2010