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Maria Amélia Baptista - Gabinete de Contabilidade “Baptista Alves”

in Associados
Création : 08 février 2012

“…os comerciantes de Arcos de Valdevez e de Ponte da Barca acreditaram em mim…”

 

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O trabalho de equipa, de partilha de conhecimento, a visão e a experiência são a base para que o Gabinete de Contabilidade “Baptista Alves” continue a servir os seus clientes há 40 anos. Situado em pleno centro histórico de Arcos de Valdevez, diferencia-se pelo facto de aliar a qualidade dos serviços ao envolvimento que estabelece com os seus clientes. Falamos com Maria Amélia Baptista Alves, proprietária deste estabelecimento, que falou da atividade da empresa e da responsabilidade e confidencialidade com que trabalha.

 

 

Fale-nos do ciclo de vida deste gabinete até ao momento.

Foi o meu marido que abriu o estabelecimento e eu trabalhava com ele embora estivesse mais na retaguarda. Após a sua morte, tive que tomar posição mais definida, encarando essa nova etapa com muito trabalho e muita vontade, adaptadas ao meio pequeno em que vivemos.

 

Há quanto tempo é sócio da ACIAB?

Há aproximadamente 24 anos.

 

Quantas pessoas trabalham aqui neste momento?

Neste momento, trabalham aqui dois filhos meus e uma neta. Costumo ter, também, por norma, estagiários durante alguns períodos de tempo. É um negocio familiar, uma empresa pequena, com as crises normais, fazendo um esforço muito grande para a manter.

 

Hoje em dia fala-se bastante da ética. Qual a responsabilidade de um contabilista já que ele atua no coração das empresas, ou seja, nas suas finanças?

Para além da que está oficializada, a responsabilidade do contabilista é muita porque estamos corresponsabilizados a vários níveis. Tem também um pouco a ver com a obrigação de elucidar as pessoas, dar-lhes o ponto da situação da vida deles, economicamente falando, claro. Para além disso, aconselhar, evitar até que as pessoas, às vezes, carregadas de montes de ilusões, montem grandes negócios, que muitas vezes não são viáveis.

 

Qual é o perfil de um bom contabilista?

É uma questão complicada porque eu tenho o meu modelo e julgo ser o melhor. Um bom contabilista, no fundo, é fazer bem as contas, ser uma pessoa séria e informar sempre muito bem as pessoas para não lhe criar ilusões, sendo sério e apostando sempre na verdade, não se engana ninguém.

 

Considera que esta profissão é valorizada?

Não, não acho, eu tenho aqui clientes com os quais ganho muito pouco, penso que há um conjunto de papéis que nós tomamos que não deveriam ser nossos mas sim de um empregado de escritório. Neste momento, o contabilista serve de padre, de banco, de psicólogo, um pouco de palhaço, no bom sentido mas não me arrependo nada de ter escolhido esta profissão. Foi uma boa decisão, acima de tudo, porque os comerciantes de Arcos de Valdevez e de Ponte da Barca acreditaram em mim e isso teve um forte impacto no meu trabalho.

 

Na sua opinião o que podia ser feito para valorizar o comércio local?

Pode ser feito muito. A união faz a força, a quantidade tem mais força, por isso entrei na ACIAB com muita força e com muito gosto. Quero deixar aqui uma pequena homenagem ao senhor João Dias, no tempo em que ele dirigia a Associação e o amor e a dedicação com que o fazia. A ACIAB deve continuar a elucidar as pessoas a vários níveis, como na contabilidade, fisco, impostos e está a fazer um bom trabalho nessa área através da formação profissional. Para além disso, continuar a fazer publicidade e a aproximar-se das pessoas.

 

Em que medida considera que a ACIAB, enquanto instituição, é importante para o fomento do tecido empresarial da região?

Se não achasse que seria importante não continuava sócia da ACIAB. Penso que a Associação em termos de projetos e de criação de postos de trabalho é muito válida, e poderia ser ainda muito mais, mas para isso precisa de mais força, por exemplo, a nível económico, mas saliento e louvo o trabalho da ACIAB até ao momento.

 

 

Entrevista realizada em abril de 2010