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Ilídia Manso - Ourivesaria Ótica Manso

in Associados

"o ouro é uma oferta intemporal"

 

 

elidia_mansoSócia da ACIAB há 16 anos, Ilídia Manso é proprietária da Ourivesaria Ótica Manso, estabelecimento situado numa das principais artérias da vila de Arcos de Valdevez. Foi uma das primeiras óticas a ser implementada na vila, já lá vão mais de vinte anos. Durante uma conversa calma falou-nos como nasceu o negócio e como se mantém atualmente.

 

 

 

 

 

 

 

 

Há quanto tempo existe esta ótica-ourivesaria?

A ourivesaria existe há cerca de 50 anos, que abri com o meu marido. Depois nasceu a ótica há cerca de 20 anos.

 

 

Como nasceu este negócio?

Arriscamos na área, a ótica veio porque na altura não havia muita concorrência e para estimular também um pouco o negócio porque a ourivesaria começou a baixar o nível de vendas.

 

 

Localizadas no centro da vila de Arcos de Valdevez, considera que é um fator vantajoso?

Sim, sem dúvida, principalmente nos meses de Julho, Agosto e Setembro uma grande afluência à loja e acredito que passa muito pela sua boa localização.

 

 

Qual é o cliente-tipo da Ourivesaria?

Não há um segmento definido. A ourivesaria vive muito do emigrante mas regra geral não temos um cliente definido.

 

 

Acha que a ourivesaria está na moda? Em que medida?

Sim, continua a estar na moda mas penso que já se usou mais. Atualmente nota-se que já não se compra tanto e noto isso porque até nas feiras há menos procura de artigos e afluência de clientes.

 

 

Existe realmente uma diferença entre o ouro português e outros ouros?

Existe sim. O ouro em si quando sai da mina é sempre igual, tem os mesmos quilates, mas depois para se fabricar tem de levar composição de outras matérias e é ai que se fazem os diferentes ouros. O português tem 19.3 quilates enquanto o mais lato em França, por exemplo, tem 8 quilates. As marcas que aparecem no ouro português, uma é feita pela contrastaria e outra pelo fabricante.

 

 

As pessoas compram mais ouro para elas ou para oferecer?
Mais para oferecer, veem no ouro uma oferta intemporal pois é uma coisa que se pode guardar e não perde valor, antes pelo contrário tem tendência a ter cada vez mais, dependendo claro de determinados fatores. Há artigos de ouro que vendi há anos por 4 mil escudos e que agora valem mais de 100 euros.

 

 

As pessoas compram menos nesta altura de crise ou este setor não sente quebras?

Sentimos quebras, há menos vendas devido à crise e ao facto de as pessoas por ouvirem falar de crise também não comprarem. Por outro lado a juventude de agora já não aprecia muito o ouro, preferem antes a prata o que faz claramente descer as vendas.

 

 

 

Entrevista realizada em outubro de 2009