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Aventino Barros - "BJS - Imobiliário"

in Associados

“...criamos uma imagem de não aconselhar aos outros aquilo que não queremos para nós”

 

aventino_barrosAventino da Costa Barros é sócio gerente da BJS – Imobiliário, Lda., loja de eletrodomésticos que existe há treze anos em Arcos de Valdevez, e paralelamente acumula o cargo de vice-presidente do conselho fiscal da ACIAB. Licenciado em Gestão Comercial e Contabilidade, este empresário acredita que a palavra “crise” não deve ser um pretexto para o comodismo a nível empresarial e que a grande aposta está na modernização e divulgação constante do negócio.

 

 

 

Com que espírito fundou a empresa?

Fundei esta empresa com o espírito de criar postos de trabalho, ter uma boa relação qualidade/preço, honestidade para com o cliente e para colmatar uma lacuna que existia, nomeadamente, no serviço pós-venda.

 

 

Ainda existe espaço para o aconselhamento ou o consumidor já sabe o que vem comprar quando entra na loja?

Nos tempos que correm aconselhar ainda é possível e no nosso caso, com quase treze anos de existência, criamos uma imagem de não aconselhar aos outros aquilo que não queremos para nós. Todavia, existem situações em que o nosso conselho não vale de nada porque alguns clientes, felizmente poucos, confundem qualidade com preço por muito que nos sacrifiquemos a tentar aconselhar o melhor. Independentemente disto, quando o cliente visita a nossa loja já sabe o que pode comprar.

 

 

Aposta em estratégias de fidelização de clientes?

Obviamente que é uma mais-valia do comércio tradicional o atendimento, a simpatia, a qualidade, e sobretudo, que é o que nos diferencia das grandes superfícies, o serviço pós-venda. Adotamos o seguinte princípio: ”vender não custa, custa é saber vender e sobretudo uma assistência eficiente se fazer”.

 

 

Que mais-valias oferece esta casa em relação às outras?

O que nós, no dia-a-dia, tentamos fazer é oferecer aos nossos clientes um atendimento personalizado, boa relação qualidade/preço, bom serviço e apostar cada vez mais na modernização das nossas oficinas para que cada vez mais a assistência seja melhor.

 


Da vossa gama de produtos existe algum que gostasse de evidenciar?

Uma vez que temos um enormíssimo leque de produtos não vou individualizar qualquer um porque dependendo das necessidades do consumidor temos de ter, dentro do possível, produtos que o satisfaçam. O que gostaria de evidenciar é sobretudo um serviço, uma assistência que os clientes, ao comprarem na BJS, possuem, eles sabem perfeitamente que não estamos cá só para vender e que quando surgir algum problema o resolveremos.

 

 

Como analisa o estado atual do setor no nosso país?

Como a economia em geral, o setor de eletrodomésticos não vive dias fáceis, principalmente com a abertura desenfreada das grandes superfícies, com a permissão de quem manda mas sem a devida e necessária fiscalização.

 

 

E como caracteriza o consumidor português atual?

Analiso o consumidor atual pela positiva, isto é, considero o consumidor português cada vez mais informado e obviamente mais exigente. No entanto, lamento existirem consumidores que no que toca a reclamar, no comércio tradicional, são indelicados mas se as compras forem feitas nas grandes superfícies e perderem o talão de compra já lá não vão porque já não têm garantia. E, muitas vezes, no caso de o possuírem optam por não ir a esse espaço recorrendo antes à assistência prestada pelo comércio tradicional.

 

 

Que antevisão faz para este ano?

Faço uma antevisão positiva apesar dos tempos que correm não serem os melhores. Penso que em vez de alinhar no espírito negativo da comunicação social, que apenas se limita a poluir a mente das pessoas, se deve retirar à palavra “crise” a letra “s” e começar assim a falar em “crie” porque se todos, a nível mundial, criarmos a crise desaparece.

 

 

Na sua opinião o que podia ser feito para valorizar o comércio tradicional?

Para valorizar o comércio tradicional deveria haver uma maior e melhor qualificação quer dos patrões quer dos empregados, de forma a acompanhar a evolução do mercado bem como adaptarem-se à evolução tecnológica galopante que estamos a atravessar.

 


Acha que a estratégia de marketing pode contribuir para a redução da “mortalidade” das empresas no país?

Como a minha formação tem também a ver com a área de Marketing e Publicidade garanto a todo e qualquer pequeno e médio empresário que não podemos confundir investimento com despesa, isto é, muitas vezes em época de crise a primeira coisa a fazer é cortar na publicidade, o que é mau pois “quem não aparece esquece”. A publicidade é um bom investimento porque é uma forma direta de nos darmos a conhecer, de divulgarmos os nossos produtos e serviços. Nunca se deve prensar que a publicidade é uma despesa, e claro que associada à publicidade há princípios a manter como a honestidade, sinceridade e coerência. Os nossos clientes sabem que a nossa publicidade não é enganosa e que “Qualidade preço e assistência são com a BJS”.

 

 

Entrevista realizada em abril de 2009