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Fernando Fernandes - Restaurante "O Braseiro"

in Associados
Création : 07 février 2012

“o cliente gosta de ser bem recebido e aqui é com certeza”

 

fernando_fernandesFernando Fernandes é proprietário do restaurante “O Braseiro”, numa das principais ruas de Arcos de Valdevez. Trabalha nesta área há mais de catorze anos, ocupando, a gastronomia, um lugar “absolutamente necessário” na sua vida. Sentamo-nos “à mesa” com este empresário, e durante uma conversa serena e divertida, falou-nos um pouco da sua experiência, da visão que tem da atual situação do comércio e viajamos pelas cozinhas do mundo, onde salientou a influência do meio gastronómico internacional e o bom gosto da cozinha portuguesa.

 


Há quantos anos existe o restaurante “O Braseiro”?

O restaurante existe com a nossa gerência, há cerca de catorze anos.

 

 

Qual o conceito da casa? O que oferece este restaurante que o distingue dos demais?

Não é que sejamos muito diferentes dos outros restaurantes, o que nos distingue é que sempre apostamos num produto de qualidade e no profissionalismo que se junta à simpatia. O cliente gosta de ser bem recebido e aqui é com certeza.

 

 

Quando abriu o restaurante já tinha experiência na área?

Sim, já tinha trabalhado aqui em Portugal e também em cruzeiros, cerca de oito anos pela Europa, Báltico, Caraíbas, Brasil e Alasca, o que foi uma experiência muito enriquecedora.

 

 

Quantas pessoas trabalham aqui atualmente?

Somos dez funcionários, incluindo a gerência.

 

 

Qual é o tipo de público d` “O Braseiro”?

Quando um estabelecimento está com a porta aberta temos todo o prazer em receber todo o tipo de público, não temos nenhum tipo específico.



Relativamente às questões ambientais, há a preocupação neste restaurante, por exemplo em “reciclar” o óleo usado? Que medidas são tomadas em relação a esta questão?

Sim, temos feito isso já desde o início, tendo duas empresas que fazem a recolha do óleo.

 


No que diz respeito ao comércio, como encara o seu desenvolvimento atual na região?

AACIAB tem mostrado muito empenho em promovê-lo, dinamizando iniciativas e organizando eventos que aumentam o fluxo de visitantes, sempre com esforço e com algumas dificuldades, por isso penso que as pessoas têm de se empenhar mais em conservar este tipo de comércio.

 


O que acha então que pode ser feito pelo Comércio Tradicional para mudar essa tendência de que fala?

Mudar, talvez, a mentalidade das pessoas. Penso que o Comércio Tradicional tem tudo que as grandes superfícies têm. Agora depende das pessoas fazerem um pequeno esforço para frequentar mais o comércio local pois encontrarão aqui tudo o que existe nas grandes superfícies.

 

 

Em relação à cozinha, na sua opinião como está a gastronomia na região? E em Portugal?

Acho que está ótima, claro que há sempre algumas lacunas que podíamos melhorar. Há falta de proteção, esquecemo-nos de salvaguardar produtos tradicionais, principalmente certos pratos e confeções. Em relação a Portugal, a cozinha está muito voltada para a “ nouvelle cuisine”, confeções rápidas, práticas e com uma boa apresentação em detrimento do tradicional.

 


Os seus clientes costumam ser críticos em relação à comida?

Acho que sim e é de salutar, eu fico contente quando há observações, só assim, com a opinião do cliente é que podemos melhorar.

 

 

O que pensa da comida vulgarmente chamada “comida de plástico”?

Eu não me vou pronunciar muito sobre esse assunto mas posso dizer que pessoalmente não sou apreciador, embora ocasionalmente, não queira dizer que não prove.

 

 

Acha que as pessoas gostam mais de apreciar a cozinha com a idade?

Penso que sim, valorizamos mais os nossos pratos típicos como um bom cozido ou um bom arroz pica no chão.

 

 

Qual é a melhor cozinha do mundo na sua opinião?

A melhor cozinha do mundo para mim é a francesa, como confeção e como apresentação, mas também sou apaixonado pela cozinha italiana e pela nossa, obviamente.

 


E de que comida gosta mais?

Do meu frango de churrasco e depois dos nossos pratos portugueses, de qualquer um deles.

 

 

Um ingrediente que não pode faltar na sua mesa...

Um bom vinho.

 


Uma coisa que alguma vez comeu e não tenha gostado...

É uma pergunta um pouco difícil porque eu sou um bom garfo, talvez um bife de crocodilo que provei uma altura e que não consegui acabar.

 

A melhor bebida para acompanhar um prato é...

Vinho, claramente.


Um pecado na cozinha…

Uma comida sem sal.

 

 

Entrevista realizada em fevereiro de 2009