Estudo sobre satisfação de turistas deu boa nota à Região Norte. Mas ainda não é excelente
Os turistas que visitam o Norte valorizam muito a simpatia com que são recebidos, a gastronomia e os vinhos e a singularidade de cada região. Mas dão nota menos positiva è modernidade, à limpeza, à preservação do património e à qualificação dos profissionais.
Estes são alguns dos resultados que se destacam da maior e mais completa avaliação feita, até agora, sobre a satisfação dos turistas da região Norte, promovido pela Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do norte (CCDRN), com participação do Turismo de Portugal. O estudo abrangeu as quatro sub-regiões turísticas, mostrando que o índice médio da satisfação, de 0 a 10, é de 7,8. É bom mas não é óptimo.
“É uma nota francamente positiva, mas não muito positiva, aí estaríamos ao nível do 8,5 ou 9”, disse fonte da CCDRN, que vai tornar hoje público o estudo, intitulado “Avaliação do Nível de Satisfação dos Turistas na Região Norte”. Mais de metade dos turistas (54,8%) são nacionais, seguindo-se os espanhóis (10,4%), os franceses (7,7%), os alemães (3,5%) e os ingleses (3,5%). Os restantes turistas (20,1%) são originários de outros países, não especificados no estudo.
Porto é região-âncora
O Porto destaca-se como região-âncora, sendo aquela para onde vai a maioria dos visitantes (59,2%). É também a única região cujos turistas (mais de metade) são maioritariamente estrangeiros e aquela com melhor índice global de satisfação (8,0), logo seguido pelo Douro (7,9). O Minho teve a “nota final” de 7,6 e Trás-os-Montes teve 7,5. Nesta última região, o mercado nacional é o que tem mais peso.
A avaliação promovida pela CCDRN focou-se em quatro factores, com a imagem da região a ter maior peso relativo (32%) na ponderação. Recursos turísticos (30%), infra-estruturas de suporte ao turismo (20%) e preço apercebido (18%), medidos por vários indicadores, compuseram a equação. Os turistas destacaram a simpatia dos nortenhos e a gastronomia (qualidade dos pratos típicos) com as melhores notas (8,6 para ambos).
Apreciaram também os vinhos regionais, o meio urbano, os transportes públicos (para tal contribuiu o metro do Porto), a facilidade em chegar (acessos), a cobertura de internet e telemóvel e a singularidade de cada sub-região. A reabilitação do património histórico, a limpeza do espaço público, a informação aos visitantes, a modernidade, a sinalização das vias rodoviárias e qualificação dos profissionais foram alguns indicadores com nota mais baixa.
Notas mais altas
- Simpatia do acolhimento
- Vinhos
- Meio urbano
- Cobertura de internet e telemóvel
- Facilidade em chegar (acessibilidades)
- Singularidade natural, cultural e edificada de cada sub-região
- Gastronomia e qualidade dos pratos típicos
Notas mais baixas
- Modernidade
- Limpeza
- Informação turística
- Sinalização nas vias rodoviárias
- Qualificação dos profissionais
- Preservação do património histórico
- Harmonia do edificado na paisagem natural ou rural